domingo, 9 de outubro de 2011

Capela das Mercês é reinaugurada em São Luiz do Paraitinga

Inaugurada há 197 anos, a Capela foi totalmente restaurada após ter sido destruída pela enchente que inundou a cidade em 2010. Considerada um dos símbolos de São Luiz do Paraitinga foi reconstruída com recursos provenientes do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e custou cerca de R$ 1,5 milhão

Na década de 1980, estudos realizados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) subsidiaram o tombamento do centro histórico de São Luiz do Paraitinga pelo CONDEPHAAT (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico). 

Em dezembro de 2010, o Conselho Consultivo do Iphan declarou a inscrição oficial da cidade nos livros do Tombo Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. Desde então, o Instituto se propôs a atuar em frentes distintas, com o objetivo de promover a salvaguarda e a valorização do patrimônio cultural de São Luiz do Paraitinga em um plano que previa, também, reconstruir o patrimônio cultural comprometido com a grande inundação da cidade em janeiro de 2010. O plano compreende ações emergenciais, ações de planejamento e ações estruturais.

As ações emergenciais tiveram início com a contratação de empresa especializada para a realização de serviços de limpeza, seleção de escombros, escoamentos e proteção das ruínas da igreja matriz, Capela das Mercês e de 20 imóveis. No dia 25 de setembro a Capela restaurada foi entregue a comunidade.

Confira as fotos da reinauguração da capela no site do Uol:

As ações de planejamento tiveram início com a implantação do Plano de Ação das Cidades Históricas (PAC – CH). O PAC é um instrumento de planejamento voltado ao patrimônio cultural e várias ações de preservação e estratégias de desenvolvimento local foram pensadas a partir de estudos do município.

O tombamento do conjunto urbano gerou ações de natureza estrutural como a realização do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) e o laboratório e oficina de restauração de documentos históricos.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Tiradentes chega a 14ª edição

A diversidade na programação é um dos atrativos para quem procura arte, lazer, cultura e pretende conviver com a tradição dos saberes locais e um toque de sofisticação.  Chefs internacionais apresentam novidades como quitutes e refeições personalizadas no cenário charmoso da cidade que se transforma durante o Festival.

Consulte a programação!

O Evento que ocorre anualmente desde 1998, este ano foi aberto oficialmente no dia 19 e contou com atividades como o passeio de Maria Fumaça, exposições, palestras e apresentações musicais do  ManiCômicos – grupo de São João Del Rei, da banda O Teatro Mágico e do músico Marcio Bahia.

Algumas apresentações musicais são abertas ao público que é formado por nativos, turistas de cidades vizinhas e outras regiões do País.


Mais informações:
Período: de 19 a 28 de agosto de 2011
Secretaria de Cultura e Turismo - (32) 3372.7338
E-mail: contato@culturaegastronomia.com.br
http://www.culturaegastronomia.com.br/

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Missas, procissões e coroação de Reis Congos na Festa de Nossa Senhora do Rosário de Minas Gerais

O distrito de Mocambeiro  e o município de Matozinhos, no estado de Minas Gerais,  celebram até o dia 24/08 a tradicional Festa de Nossa Senhora do Rosário. O evento ocorre na Praça Santo Antônio em Mocambeiro e é marcado por apresentações folclóricas e de cultura popular da Região.
A festa reúne a população, brincantes e conta ainda com a apresentação da Guarda de Nossa Senhora do Rosário e o Candomblé. Durante o evento ocorrem missas, novenas, procissões, coroação dos Reis Congos, levantamento dos mastros além de barracas com comercialização de produtos típicos da cultura local e artesanato.
No domingo (21/08) houve  apresentação das Guardas convidadas e o cumprimento de promessas, quando os fiéis e participantes da festa caminharam em volta da igreja junto com a Guarda numa espécie de procissão.
A organização do Evento é de responsabilidade da Guarda de Nossa Senhora do Rosário de Mocambeiro (31)3712-8054

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Rede Turisol disponibiliza Série de Metodologias e Experiências em Turismo Comunitário

Publicação reúne sete volumes que abordam temas como a história, a metodologia, conquistas e desafios de comunidades que desenvolvem o turismo de base comunitária no Brasil

A Série Turisol de Metodologias no Turismo Comunitário apresenta experiências ligadas a prática do Turismo Solidário espalhados pelo território brasileiro.  Acolhida na Colônia, Fundação Casa Grande, Pousada Aldeia dos Lagos  e Rede Tucum são alguns dos programas destacados na publicação disponível gratuitamente no site da Rede.


A Rede Brasileira de Turismo Solidário e Comunitário (Turisol) reúne diversas organizações no Brasil que atuam para o desenvolvimento de projetos de turismo solidário. Essas organizações buscam, por meio do intercâmbio de experiências, o fortalecimento das iniciativas de turismo com base local.



Fundada em 2003 a Rede Turisol é o resultado do amadurecimento  de um programa de cooperação no setor de economia solidária, proposto pela Embaixada da França no Brasil.

Com o intuito de fomentar a discussão sobre turismo solidário em nosso País, o órgão do governo francês reuniu atores de diferentes projetos desta natureza, além de representantes de organismos públicos e outras entidades de apoio. O diálogo e troca de experiências dos envolvidos fortaleceu a proposta de incentivar a reflexão sobre os efeitos do turismo e de consolidar os empreendimentos de turismo solidário e comunitário no Brasil.


domingo, 9 de janeiro de 2011

Rede de Turismo Comunitário do Ceará

Destaque entre as experiências de práticas ligadas ao Turismo Comunitário no País, a Rede Tucum foi estruturada em 2006 e se tornou uma das referências em modelo de organização desta modalidade de turismo no Brasil
Por Gabriela Sales e Janderson Angelim

Composta por doze comunidades localizadas nos litorais Leste e Oeste do Estado do Ceará, a Rede conseguiu ajudar na consolidação das experiências que já eram praticadas antes de sua criação, ampliou e fortaleceu as lideranças locais colaborando para o protagonismo dos mesmos junto ao poder local na luta pelos direitos e necessidades de cada localidade.

Entre Mares entrevistou Monica Bonadiman, uma Italiana que deixou seu País e passou a viver em Fortaleza para participar do processo de implantação e consolidação da Rede Tucum.

Falando o português que aprendeu a falar no Ceará, com sotaques e referências do povo que aprendeu e ensinou ao partilhar seus saberes e ao conviver com os mesmos, Monica nos recebeu em Fortaleza e de forma muito hospitaleira e atenciosa falou um pouco sobre a Rede!


 Monica Bonadiman - Articuladora da Rede Tucum
"outro ponto forte do projeto  é o papel das mulheres. É  muito lindo ver o envolvimento de pessoas que antes nem falavam por  vergonha ou porque achavam que não tinham mesmo nada de bom para  oferecer.
Monica Bonadiman


Entre Mares - Você poderia comentar sobre a implantação da Rede Tucum no Brasil. Gostariamos que falasse um pouco sobre o processo que se deu ao desenvolver a proposta e articular a Rede e o Turismo Comunitário nas localidades:

Monica Bonadiman - Já há muitos anos no Ceará se falava de turismo comunitário, quando cheguei aqui pela primeira vez, em 2006, já haviam algumas experiências desenvolvidas e o debate sobre turismo comunitário estava bem quente. Muitas comunidades e Ongs estavam criticando o modelo de turismo de massa desenvolvido no litoral cearense. Quando cheguei em 2006, já havia outras Ongs, além da Associação Tremembé que queria assessorar e financiar experiências de turismo comunitário. 
Então a gente sentou com eles e combinamos que a gente poderia criar uma única Rede de turismo comunitário, mas cada Ong poderia ficar priorizando nos financiamentos as comunidades prioritárias dela! 
E assim foi! As Ongs Terramar, Tremembé e amigos da Prainha iniciaram a captação de recursos para financiar a Rede Tucum em vários aspectos. As comunidades foram todas beneficiadas pelos projetos, em diferentes medidas e dependendo das necessidades especificas de cada uma.

Jangada "Céu Azul" descansa na Praia do Batoque
 - uma das comunidades da Rede Tucum


Entre Mares - Poderia apontar as conquistas obtidas ao longo destes anos dedicados ao Projeto?

 
Monica Bonadiman - As conquistas foram muitas, mas o desafio é muito grande. Conseguir  criar uma alternativa de renda nas comunidades litorâneas já é um  sucesso grande, mesmo sendo os números do turismo comunitário bem  pequenos. Outro ponto forte do projeto  é o papel das mulheres. É  muito lindo ver o envolvimento de pessoas que antes nem falavam por  vergonha ou porque achavam que não tinham mesmo nada de bom para  oferecer. Tem mulheres que antes nem falavam, e depois de ter entrado  nos grupos de trabalho de turismo comunitário, através do encontro com  visitantes solidários e a valorização do trabalho delas conseguiram um resgate e o aumento da auto-estima. Outro aspecto  importante é a sensibilização do turista que normalmente, depois de  uma experiência assim muda a sua visão sobre o fazer turístico.

Entre Mares -  Quais os pontos positivos e negativos que você identifica no modelo de turismo comunitário proposto pela Rede Tucum?
 
Monica Bonadiman - Acho que se pensa no turismo comunitário não há pontos negativos, na teoria estou dizendo... não tem impactos negativos, pelo contrario. O problema é que as coisas nem sempre acontecem como a gente quer, ou  seja, se o turismo comunitário fosse desenvolvido como na teoria, seria
 perfeito. Todo mundo ganharia! Pessoas das comunidades, o meio ambiente, a sociedade como um todo.  Mas os desafios para que o turismo comunitário funcione são muitos e muito grandes.  Nós temos políticas públicas que existem para apoiar um desenvolvimento sustentável, mas nem sempre funcionam como deveriam. Por exemplo, não há recurso para efetivar um plano de marketing eficaz.  Em alguns casos  os grupos de turismo comunitário desanimam justamente porque as coisas  são difíceis... O modelo de turismo comunitário é perfeito, a prática que nunca é.



Vazante da Lagoa da Prainha do Canto Verde
 (Rede Tucum)



Entre Mares -  Quais as perspectivas da Rede Tucum para os próximos anos?



Monica Bonadiman -A idéia é crescer, melhorar o serviço, envolver mas pessoas e mais comunidades, mas levando em conta que o turismo comunitário não pode  nem deve substituir as outras atividades tradicionais. Em 2010 já  entrou uma nova comunidade na Rede. Os índios Tapeba de Caucaia (perto de Fortaleza), e tem previsão que outras entrem em 2011. O fato que novas comunidades demonstrem interesse em participar é um ponto muito positivo. O grande desafio para os próximos anos vai ser encontrar recursos para os projetos e trazer mais turistas para visitar a Rede e  melhorar cada  vez mais o serviço!



Para conhecer a Rede Tucum e obter informações sobre pacotes e hospedagens nas comunidades acesse www.tucum.org